segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Certificão Ambiental para Hotéis e Turismo Sustentável

Mais um hotel sustentável é inaugurado na Bahia

Lençóis (BA) passa a ter os dois primeiros hotéis sustentáveis do Brasil, um grande diferencial entre empreendimentos do segmento
Depois do hotel Canto das Águas, localizado em Lençóis (BA), na Chapada Diamantina, outro hotel, no mesmo município, recebeu o certificado da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O hotel Lençóis, presente na região há 25 anos, por suas ações e medidas ecológicas, é o mais novo estabelecimento sustentável do País.

Com a conquista, Lençóis passa a ter, em seu território, os dois primeiros hotéis sustentáveis do Brasil, um grande diferencial entre os empreendimentos do segmento. Para Dionízio Martins, representante legal do hotel Lençóis, a conquista é reconhecimento de um trabalho realizado desde os primórdios do hotel. “Praticamos essas ações desde o início do nosso empreendimento. O certificado é um estímulo para darmos continuidade e, também, aprimorarmos as atividades nesse sentido”, afirma Dionízio.

Ele destaca que os clientes também são sensibilizados para a causa ambiental. “Fomentamos a economia de água, solicitando ao cliente que ele use apenas um jogo de toalhas. Além disso, temos a nossa própria coleta de lixo, utilizamos lâmpadas econômicas e somos o primeiro hotel da região a gerar energia a partir do sol”, explica Dionízio.

Todo o quadro de colaboradores do hotel é sensibilizado e mobilizado para atuar dentro dessas ações. “Procuramos valorizar os nosso colaboradores, enquanto indivíduos, de forma que eles estejam cada vez mais presente nos conceitos de gestão do estabelecimento e deem a sua parcela de contribuição no trabalho desenvolvido”, conclui Dionízio.

Carlos Amiato, proprietário do hotel Canto das Águas, que conquistou no início do ano o mesmo certificado, acredita que o perfil do consumidor mudou. “Os clientes estão cada vez mais exigentes com relação às questões sociais e ambientais. Esse certificado nos fornece maior credibilidade frente ao nosso público”, declara o empresário. Ele acredita também que é importante que todos os colaboradores do empreendimento estejam envolvidos nas ações.

Para obter o certificado, os estabelecimentos recebem dois anos de consultoria, pela área de certificação do Instituto de Hospitalidade, através do programa Bem Receber, que conta ainda com a parceria do Sebrae e do Ministério do Turismo, além da ABNT. As consultorias consistem na elaboração de um diagnóstico e na verificação das condições de sustentabililidade do estabelecimento.

Link: http://www.investne.com.br/Noticias-Bahia/mais-um-hotel-sustentavel-e-inaugurado-na-bahia

Neste post, continuaremos com a perspctiva de refeltir sobre temas que nos despertam a atenção no universo do turismo. Desta vez discutiremos um pouco sobre certificação ambiental para hotéis e turismo sustentável, com a finalidade de lançar aqui algumas observações sobre o tema.

A reportgaem em cima anexada nos remete a algumas informações intessantes para o tema que propomos trazer esta semana, desta forma vamos começar a discutir explanando sobre o que é uma certificação

Podemos considerar uma certificação como sendo um certificado dado a alguém pelo cumprimento de certas normas. No caso da certificação concedida pela a ABNT a estes dois hotéis, avaliada de acordo com a norma ABNT NBR 15401, estamos falando de uma Certificação de Sistema de Gestão da Sustentabilidade, conjunto de medidas e procedimentos bem definidos e adequadamente aplicados que visam reduzir e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento sobre o meio ambiente.

Outros tipos de certificações também são utilizados pelos diversos hotéis do Brasil que procuram equacionar de forma racional suas relações com o meio ambientem implantando sistemas de gestão ambiental. É o caso de hotéis que se baseam na ISO 14000, uma série de normas desenvolvidas pela International Organization for Standardization (ISO) que estabelecem diretrizes sobre a área de gestão ambiental dentro de empresas, para garantir seus certificados de gestão ambiental

Mas com que intuito um empreendimento hoteleiro procura por certificações de gestão ambiental? Geralmente visam comprovar, informar ao público que efetivamente atendem a todos os requisitos das normas em questão. No caso dos dois hotéis de Lençóis, se certificando como hotéis sustentáveis eles podem atender a uma demanda de mercado específica de turistas que buscam a prática de uma atividade sustentável.

O mais importante para se apontar sobre a reportagem trazida, é nos lembrar que a atividade hoteleira, independentemente do porte do hotel, gera impactos ambientais negativos aos meio ambientes onde se instala. O que se pode fazer para minimizar estes impáctos é estabelecer medidas administrativas ou gerenciais a partir de sistemas de gestão ambiental, voltadas à prevenção da poluição, com a utilização de tecnologias limpas, permitindo que a empresa economize recursos naturais e financeiros e contribua com a conscientização ambiental de hóspedes, funcionários, parceiros e fornecedores

Também temos que ter em mente que certificados não garantem que um hotel não cause realmente impactos ambientais. Porém, é certo que os hoteleiros de hotéis certificados por agumas normas passam a conhecer com detalhes os principais aspectos ambientais de seu negócio, minimizando os impactos negativos e potencializando os positivos de sua operação, que por sua vez gera oportunidade de crescimento para o empreendimento, como no caso dos dois hotéis da reportagem

sábado, 21 de agosto de 2010

A Promoção Turística

Durante as aulas de Teoria e Prática de Op. de Hotel temos vindo a falar de uma maneira geral no Turismo, Hotelaria e suas causas. Como é feita a segmentação do mercado hoteleiro tanto numa visão geral como numa prespectiva nacional. A professora Mariana Falcão nos sugeriu que abordassemos um tema que consideremos relevante e que suscite alguma atenção para nós futuros Turismólogos. Esta primeira reflexão vai para a questão da promoção do destino Brasil.
Assim, falemos um pouco de Promoção. A promoção do Brasil e dos seus diferentes produtos (geográficos e temáticos) tem sido sempre um dos temas eleitos pelos agentes do sector para aferir da eficiência da política de turismo nacional. É muito frequente ouvirem-se críticas ao Governo e às Regiões sobretudo em períodos de recessão, justificando esta situação pelo facto de não ter havido a desejável e devida promoção do produto, sem muitas vezes se reconhecer também que a acção promocional levada a cabo pelo sector privado pecou por alguma ausência.
Entendo que a promoção é uma outra área que não pode viver sem um entendimento profundo entre os sectores público e privado. Quer no que respeita aos produtos a promover, aos mercados a cobrir, às pioridades, etc..
Mas, tal como para a qualificação do produto turístico há que ter a coragem de assumir em todas as áreas uma distinção clara e responsável entre a abordagem nacional, regional e sectorial da promoção e uma co-responsabilização entre os sectores público e privado de modo a preparar um “pacote” o mais completo possível, aproximando ao máximo a oferta do consumidor final.
De há muito tempo a esta parte, muitos entendidos defendem que se deve criar uma Sociedade de Promoção Exterior, com um plano estratégico de marketing estruturado, que por um lado congregue e permita a criação de sinergias entre os sectores exportadores que possam trazer um acréscimo de mais-valia promocional da “marca” Brasil e por outro lado permita criar uma gestão co-participada e co-financiada por todos aqueles parceiros ligados à exportação.
As Ilhas Canárias, mais concretamente Tenerife e Gran Canaria, criaram as suas próprias Sociedade de Promoção Turística com participação pública de 51%, sendo o restante capital dividido entre os diversos representantes do sector privado. Recorreram a quadros fortemente especializados e, assumindo um conceito de gestão empresarial, têm tido resultados que deverão merecer uma particular atenção por todos aqueles que têm responsabilidades nesta área.

Queremos, ao promover, o melhor cliente para o produto que temos, ou para o produto que queremos ter?

Para conciliarmos o melhor Cliente com o melhor Produto temos de constantemente ouvir o mercado e sobretudo o cliente (o turista que visita cada uma as nossas regiões, ou o operador turístico por exemplo, que tem em carteira valiosísssima informação) sobre a evolução das suas preferências e ter a capacidade de, com estruturas simples de diagnóstico, de acção e de distribuição da mensagem, poder responder positivamente.

No meu caso particular, que sou português e estou no Brasil apenas desde fevereiro, considero que o Brasil e as suas cadeias hoteleiras vendem o seu produto não de maneira errada, mas promovem muito as suas praias, o seu mar quente e o seu clima único, não que estejam errados, eu próprio vim para o Brasil com vontade de usufruir disto mesmo, e tenho usufruido! No entanto o Brasil é mais... depois deste algum tempo que estou aqui, posso dizer que o Brasil é muito mais do que o que se vende lá fora, quando se chega aqui e se conheçe as pessoas, a paixão destas pelo país, a forte cultura que lhes está associada, o interior do Brasil (que muito pouco é promovido na Europa) fica-se com vontade de ficar mais um pouco.. observa-se que o Brasil poderia vir a ganhar ainda mais com uma melhor promoção e mais bem estruturada. Porque como disse anteriormente "O Brasil é mais..."